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quarta-feira, 20 de maio de 2015

BAFÃO NO SALÃO DE BELEZA DE CURITIBA : CONTA DE 5.000 REAIS - LOIRA NÃO ACEITA

VEJA O VIDEO:

LOIRA PERDE A CLASSE EM SALÃO DE BELEZA DE CURITIBA E TENTA IR EMBORA SEM PAGAR A CONTA.



A estudante Amanda Michele, 26, autorizou gastos de quase 5 mil reais em um salão de beleza de um shopping de Curitiba, não pagou e teve o serviço desfeito. O caso aconteceu no último sábado (16) e se tornou público por causa de um vídeo, gravado por um cliente que estava no local.
Amanda foi ao salão Expert Beauty Center, no shopping Barigui, junto com uma amiga. Solicitou serviços de manicure, podologia, unhas de porcelana, decoração de unhas, cauterização capilar, sobrancelha de henna, maquiagem, megahair e escova, segundo a assessoria de imprensa do local.
No final do trabalho, que demorou 4 horas, Amanda relatou que o marido faria o pagamento. Como o suposto companheiro não apareceu, ela falou que não pagaria o serviço, no valor de R$ 4.719,50.
Na sequência, os funcionários começaram a remover o megahair e os outros trabalhos feitos. A moça que a acompanhava, segundo o salão, gastou R$ 750.
Na tarde desta terça-feira (19) Amanda escreveu, em seu Facebook, que os funcionários do salão não informaram sobre valor do serviço e que entrará com medidas judiciais contra o estabelecimento.
No post, que foi deletado posteriormente, ela se intitulou “loira do cabelo milionário”.  Segundo seu advogado, Victor Reinert, o caso será tratado na Justiça.
“Eu vou entrar com processo nos próximos dias”, diz. Ainda de acordo com Reinert, Amanda está abalada com a repercussão do caso. “Ela não está bem e anda triste, por isso não quer falar com ninguém da imprensa”, afirma.
Em nota, a assessoria de imprensa do salão informou que Amanda passou contatos e nome falso –ela disse se chamar Matilde Paola Silveira– e que “os valores foram previamente orçados e informados, tendo na sequência sido autorizada a execução pela ‘cliente'”.
Anunciou, ainda, “que repudia a divulgação de um vídeo nas redes sociais sobre o incidente, o qual, diga-se de passagem, não é de sua autoria”.

GOLPE DA PIRAMIDE APLICADO COM SUCESSO NO RIO DE JANEIRO

Amigos acusam empresário de golpe financeiro de R$ 20 milhões no Rio

Vítimas dizem que não sabiam que dinheiro seria usado em 'pirâmide'.

Pelo menos 50 pessoas acusam o empresário Rafael Miranda Caram de aplicar um golpe e sair do Brasil com cerca de R$ 20 milhões das vítimas. O suspeito, morador da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, teria envolvido amigos num esquema de pirâmide financeira. 
A maioria das vítimas fez um registro de ocorrência no sábado (16), na 16ª DP (Barra da Tijuca). Eles também criaram um grupo na internet para contabilizar os prejuízos e trocar informações para tomar as providências legais contra o suposto estelionatário. A suspeita é de que pessoas de fora do Rio de Janeiro também tenham caído no golpe.
O que é pirâmide financeira?
O esquema em pirâmide, também conhecido como esquema Ponzi, depende basicamente do recrutamento progressivo de outras pessoas para o sistema, sem levar em consideração a real geração de vendas de produtos ou serviços. Os ganhos, portanto, não vêm dessas vendas, mas das taxas pagas por quem entra no sistema, com os novos associados remunerando os antigos. Costuma incentivar grandes investimentos em múltiplas compras dos pacotes oferecidos. Em dado momento, o negócio se torna insustentável e os que entraram por último acabam sendo lesados e perdendo os recursos aplicados. É crime previsto em lei.
A promessa era receber, a cada 40 dias, 16% do valor investido em um suposto Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Ou seja, um retorno 20 vezes maior que a caderneta de poupança, por exemplo. O valor mínimo a ser investido seria sempre de R$ 50 mil. Com o tempo, no entanto, começaram a perceber os indícios de que estavam investindo em uma pirâmide.
G1 enviou mensagens para Rafael Caram na noite desta terça-feira (17). Morando atualmente nos Estados Unidos, ele inicialmente apenas passou o contato de quem seria seu advogado. O defensor, no entanto, disse que não poderia falar sobre o caso porque trabalha apenas para o pai do empresário e não tem relação com o caso. A equipe de reportagem voltou a questionar Caram, que então respondeu: "Meu advogado vai checar informações e vai entrar em contato com você na semana que vem, quando voltar de viagem".

Vítima perdeu R$ 300 mil
O economista César Trotte, uma das vítimas, diz que entrou no investimento há um ano e meio e teve prejuízo de R$ 300 mil. Segundo ele, sem citar o esquema da pirâmide, Rafael inventou investimentos em aço, venda de diesel e até fraudou balanços da Petrobras para convencer os investidores. Para cada vítima, ele citava um tipo de investimento distinto.
“Ele é irmão de uma menina com quem eu estudei a vida toda. Sentamos para conversar e ele me pagou três jantares, fez um teatro como se fosse do ramo, fechando cotas de investimento. Coloquei R$ 30 mil inicialmente, tive lucro, e depois R$ 270 mil. Desde então, ele começou a travar o negócio. Aí ele dizia que teria a dobra, que ia dobrar os valores e vinha enrolando. Enrolou até outubro e novembro. Como ele viu que o cenário estava ficando feio, foi para os Estados Unidos”, explicou Trotte.
Ele é irmão de uma menina que eu estudei a vida toda. Sentamos para conversar e ele me pagou três jantares, fez um teatro como se fosse do ramo, fechando cotas de investimento (...) como ele viu que o cenário estava ficando feio, foi para os Estados Unidos"
César Trotte, vítima do golpe
Amigo de infância
O administrador Frederico Siciliano, de 31 anos, foi convidado pelo suspeito para participar de um fundo que investiria em diesel para caminhões. Apesar de serem amigos desde crianças, Frederico conta que tentou se inteirar sobre como funcionava o esquema e a rentabilidade prometida, que chegaria a mais de 50% ao ano.
“Ele foi muito convincente com a história, apesar de alguns pontos, às vezes, não baterem muito bem, principalmente quanto a possível rentabilidade do negócio”, disse.
CPI da Petrobras como argumento
Frederico conta que chegou a questionar Rafael sobre o esquema ser uma pirâmide, o que foi negado pelo suspeito. De acordo com a vítima, o empresário dizia que estava chamando apenas poucas pessoas de confiança para entrar no negócio e que o sigilo deveria ser mantido.
Troca de mensagens pelo Whatsapp entre a vítima e Rafael Caram (Foto: Arquivo Pessoal / César Trotte)Troca de mensagens pelo Whatsapp entre a vítima e Rafael Caram (Foto: Arquivo Pessoal / César Trotte)
“Inicialmente neguei a proposta, mas ele tentou me convencer de todas as maneiras, prometendo pagar juros altos mensais. Utilizou a nossa amizade e confiança de anos para me convencer. Então, entrei com R$ 50 mil mediante uma nota promissória de 10 parcelas de R$ 8 mil, com juros de R$ 30 mil propostos por ele acreditando que, na pior das hipóteses, receberia pelo menos o principal de volta. Depois de muito esforço, consegui apenas duas parcelas de R$ 8 mil de volta, pois alegava que a CPI da Petrobras havia paralisado tudo e os contratos com a Odebrecht estavam suspensos."
Inicialmente neguei a proposta, mas ele tentou me convencer de todas as maneiras prometendo pagar juros altos mensais. Utilizou a nossa amizade e confiança de anos para me convencer"
Frederico Siciliano, vítima do golpe
Suposta fuga
O empresário Antoniel Souza, de 38 anos, que foi casado com uma das irmãs de Rafael, conta que recentemente começou a ser pressionado pela família do suposto estelionatário para assinar uma procuração onde permitisse que o filho deles, de 1 ano, pudesse viajar para os Estados Unidos. Segundo ele, os familires alegavam que queriam levar a criança para conhecer a Disney.
“Eu relutei muito para assinar, mas nunca desconfiei que houvesse nada de errado com eles. Acabei assinando a procuração e, agora, sabendo de toda essa história, percebi que na verdade todos eles querem fugir para os Estados Unidos e levar o meu filho. Fui hoje [terça-feira] na Polícia Federal. Amanhã [quarta-feira], vou ao juizado de menores para cancelar essa procuração. Se eles forem, eu nunca mais vou ver meu filho”, disse.
Troca de e-mails entre Frederico e Rafael em outubro de 2014 (Foto: Arquivo Pessoal / Frederico Siciliano)Troca de e-mails entre Frederico e Rafael, em outubro de 2014 (Foto: Arquivo Pessoal / Frederico Siciliano)
Nota promissória com comprovante de depósito de Frederico Siciliano (Foto: Arquivo Pessoal / Frederico Siciliano)Nota promissória com comprovante de depósito de Frederico (Foto: Arquivo Pessoal / Frederico Siciliano)


Pirâmide é crime previsto em lei
Pela legislação brasileira, a prática de pirâmide financeira se configura crime contra a economia popular. A lei n° 1.521, de 26 de dezembro de 1951, estabelece pena de 6 meses a 2 anos de prisão, além de multa, para o crime de "obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes)".
Os maiores golpes do tipo pirâmide já registrados e julgados no país foram o Avestruz Master e o Fazendas Reunidas Boi Gordo, onde ficou comprovada que a principal atividade era captação antecipada e irregular de recursos junto ao público.
A maior dificuldade para o combate a esse tipo de golpe financeiro é que, na maioria dos casos, a comprovação da insustentabilidade do negócio não é imediata e a pirâmide acaba sendo camuflada, cabendo a Justiça analisar caso a caso.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

PRESA PELA BUNDA FALSA

Medica Falsa aplicava o golpe da Bunda Perfeita.

 Marcilene Soares Gama, atendia em sua clínica em zona nobre de SP, ela fazia aplicação de silicone sem cumprir normas de higiene e com produtos vencidos

A falsa médica Marcilene Soares Gama foi presa na clínica que atendia em uma zona nobre de São Paulo depois que mais de 10 de suas pacientes foram parar no hospital após realizarem aplicações de silicone no bumbum – um dos procedimentos por ela vendido

                                                                                                                         Marcilene Soares Gama

Os policiais que efetuaram a prisão encontraram o local sem cuidados com a higiene e com produtos fora da validade. Marcilene aplicava silicone com analgésico vencido e cola. Sete mil reais e uma máquina de cartão também foram encontrados na clínica.   

                                                                                                      Foto divulgação Internet




Segundo vítimas, ela cobrava até R$ 20 mil por aplicação. “Eu sentava e sentia uma queimação. Depois, vinha uma vermelhidão”, disse uma das pacientes da falsa médica. “Tive que abrir a minha perna inteira. Agora tenho uma cicatriz de um lado até o outro. O barato saiu caro”, relatou uma de suas pacientes.
Algumas desenvolveram tumor cancerígeno e estão em tratamento de quimioterapia.



quinta-feira, 14 de maio de 2015

PRIMEIRA IGREJA EM SÃO PAULO PARA GAYS

Igreja gay abre primeiro templo em São Paulo 

De acordo com os seus fundadores, a Igreja Cristã Contemporânea conta hoje com cerca de 1.800 membros em todo o país e o que a difere de outras congregações é aceitar a homossexualidade.
No Rio de Janeiro, a Igreja Cristã Contemporânea já enfrentou episódios como ter outdoors que defendiam o casamento gay vandalizados.
"De vez em quando tem isso, algumas pessoas que não gostam e que não consideram a gente uma igreja evangélica por conta da questão da homossexualidade", afirma Inácio. "Existe uma vertente que aceita e outra que não."
                                                                                                          Foto divulgação Internet


Na programação da sede paulistana devem constar eventos como a balada gospel, na qual bebidas alcoólicas são proibidas, encontros de solteiros, encontros de casais e grupos de apoio à adoção. "A gente apoia a questão da família, de adoção. Eu e o meu companheiro temos dois filhos, um de nove e um de dez anos", conta Inácio.

















quarta-feira, 13 de maio de 2015

A VACA ESTÁ LOUCA.

ESTÃO FRAUDANDO ATÉ O LEITE NO RIO GRANDE DO SUL.
Nova fase de operação contra fraude no leite cumpre mandados no RS.  O Ministério Público investiga fraude no leite em municípios da Região Norte.
Empresa Transportes Odair Ltda. e recebidos pela Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas (COOPASUL)
                                                                                      Foto divulgação Internet

O Ministério Público faz, nesta quarta-feira (13), uma nova ação para combater fraudes no 
processo de produção do leite no Rio Grande do Sul, como adição de produtos que não fazem 
parte da sua composição. Até as 10h, seis pessoas haviam sido presas.
Esta é a oitava etapa da Operação Leite Compensado. São cumpridos seis mandados de 
prisão preventiva, três de prisão cautelar e oito de busca e apreensão nos municípios de 
Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos, na Região Norte.

Investigações verificaram alteração na densidade do leite, por adição de produtos 
como sal, açúcar ou amido de milho, acidez elevada, que indica a deterioração por micro-
organismos e adição de soro de leite. Segundo o MP, houve fraude nos produtos crus 
refrigerados entregues pela empresa Transportes Odair Ltda. e recebidos pela 
Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul (Coopasul).

Os investigados são um casal proprietário da Transportadora Odair Ltda., três motoristas da 
empresa, um responsável pelo laboratório da Coopasul, além do presidente da cooperativa, 
que, conforme o Ministério Público, recebia as cargas de leite adulterado e dava a destinação 
final, a partir da diluição do leite velho com o bom.

O presidente da cooperativa negou a existência de fraude e adulteração. Já o dono da 
transportadora, Odair Melati, preferiu não se manifestar sobre a operação.
A Operação Leite Compensado teve sua primeira fase desencadeada em 8 de maio de 2013, quando investigações apontaram para um esquema que adulterou cerca de 100 milhões de litros do produto no estado. Na ocasião, o MP revelou que transportadores estavam adicionando água e ureia (que contém formol) ao leite cru para aumentar o volume e disfarçar a perda nutricional no caminho entre a propriedade rural e a indústria. O esquema era realizado em postos de resfriamento.

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Ainda segundo o MP, as investigações mostram que o transportador lançou na conta de uma produtora rural até o triplo do leite coletado, o que disfarçaria o aumento no volume do leite a partir da adição de água. Foi indicado, inclusive, um escritório de contabilidade para "ajeitar" o imposto de renda da produtora.
investigações duraram seis meses e apontam que uma cooperativa paranaense comprava o produto já fraudado no estado gaúcho.A Justiça autorizou a apreensão de 24 caminhões utilizados para transportar o leite adulterado. O produto era revendido, além do Paraná, para São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Martini/MP) Segundo o MP, água era adicionada ao leite .

Fonte: RBS/G1

terça-feira, 12 de maio de 2015

POLICIAL MILITAR APLICA GOLPE EM NOIVAS DE MAIS DE UM MILHÃO DE REAIS



Polícia pede prisão preventiva de GOLPISTA que deu calote em noivas do DF , era PM.

Grupo de 60 noivas já registrou ocorrência; prejuízo soma R$ 1,3 milhão.
'Ele está fugindo da ação policial', diz delegada do DF que apura o caso  

Chrisanto Lopes Galvão Netto, este é o nome dele.


Será indiciado nos 60 casos por estelionato. Se condenado, ele pode pegar de 1 a 5 anos por cada ocorrência registrada.
A empresa do decorador QUE TAMBÉM ERA PM, funcionava em uma loja na quadra 303 do Sudoeste Brasília DF. Nesta sexta-feira (8), a porta estava trancada e não havia nenhuma identificação. A informação dos vizinhos da empresa é que os funcionários foram dispensados na última quinta-feira e ninguém voltou ao local depois disso.
                                                                                                  FOTO INTERNET - DIVULGAÇÃO

A delegada-chefe da 3ª DP, Cláudia Alcântara, pediu à Justiça, na tarde desta terça-feira (12), a prisão preventiva do empresário Chrisanto Lopes Galvão Netto, decorador de festas de casamento que sumiu depois de suspender os serviços para os quais havia sido pago. Segundo a delegada, 60 noivas já prestaram ocorrência contra Netto. O prejuízo já soma R$ 1,315 milhão.
                                                                                         "GOLPE DO 171- VERSÃO NOIVAS"




Leia também:
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'Calote'

De acordo com as vítimas, o empresário enviou uma carta às noivas dizendo que devolveria o dinheiro recebido, mas sumiu e não restituiu os valores. 

A delegada afirmou que Galvão Netto era policial militar, estava afastado e voltou ao serviço em abril deste ano. Desde então está de licença médica. 

Ela não soube dizer o motivo do afastamento. Segundo a PM, Galvão pediu afastamento sem remuneração há três anos para cuidar de "assuntos pessoais"

Cláudia afirmou que as investigações indicam que o decorador está em Paris. Registros da Polícia Federal apontam que Galvão Netto embarcou para a capital francesa na última quarta feira (6). Para a delegada, o empresário "empreendeu fuga".
"Ontem nós procuramos o Netto em todos os locais que ele poderia residir e em todos ele não estava. Ele mudou desses lugares e ninguém sabe o atual endereço dele no Brasil. Ele mudou dos endereços e não deixou nada. Está claro que ele está fugindo da ação policial."
Vitima:
A administradora Cristina Leal, uma das vítimas, disse que
tinha uma reunião com o empresário no dia em que ele foi 
para Paris. “Eu liguei para ele para falar sobre o contrato, e 
ainda brinquei se podia dormir tranquila. Ele respondeu que 
sim e que a decoração [da festa] seria um sucesso.”
Fonte G1 Brasília

IGREJA NÃO ADMITE HOMOSSEXUALISMO E EXCOMUNGA PADRE

Igreja decide excomungar padre que defende homossexuais em SP

Mais de mil pessoas lotaram igreja em Bauru no domingo de manhã para de despedir das missas celebradas pelo Padre Beto

A decisão da excomunhão foi divulgada pela Diocese de Bauru num comunicado publicado em seu site. O texto é assinado pelo Conselho Presbiteral Diocesano, formado por dez sacerdotes da cúpula do órgão.


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Agora, o processo de excomunhão será tocado por um juiz instrutor até chegar ao Vaticano, onde funciona a última instância da igreja.
Conhecido por contestar os princípios morais conservadores da Igreja Católica, Roberto Francisco Daniel, 48, o padre Beto, realizou suas últimas missas neste domingo , em duas igrejas que ficaram lotadas de fiéis em clima de comoção.


Com a excomunhão, ele não pode participar de nenhuma cerimônia do culto católico, celebrar ou receber sacramentos --não pode mais batizar ou ser batizado, casar-se ou realizar um casamento, confessar-se ou ouvir confissões, por exemplo--, nem exercer cargos eclesiásticos.
Como membro desligado da Igreja Católica, ele também não recebe mais os benefícios dos cargos que tenha exercido, como pensão.
Ele havia recebido prazo do bispo de Bauru, Caetano Ferrari, 70, para se retratar e "confessar o erro" cometido em declarações divulgadas na internet nas quais afirma que existe a possibilidade de amor entre pessoas do mesmo sexo, inclusive por parte de bissexuais que mantêm casamentos heterossexuais.
Beto também questiona dogmas católicos e chama a atenção pelo estilo. Fora da igreja, usa piercing, anéis, camisetas com estampas "roqueiras" ou com a imagem do guerrilheiro comunista Che Guevara e frequenta choperias.
Luly Zonta/Agência Bom Dia
Mais de mil pessoas lotaram igreja em Bauru no domingo de manhã para de despedir das missas celebradas pelo Padre Beto
Após o ultimato, o religioso anunciou que iria se afastar de suas funções religiosas, mas disse que considerava a hipótese de voltar um dia.
"Se refletir é um pecado, sempre fui e sempre serei um pecador", afirmou. "Quem disse que um dogma não pode ser discutido? Não consigo ser padre numa instituição que no momento não respeita a liberdade de expressão e reflexão".
Nesta segunda-feira de manhã, ele tentou entregar o pedido de afastamento, mas foi informado sobre a excomunhão.
No comunicado, a diocese afirma que "uma das obrigações do bispo diocesano é defender a fé, a doutrina e a disciplina da igreja" e que, por isso, o padre "não pode mais celebrar nenhum ato de culto divino (sacramentos e sacramentais, nem mais receber a santíssima eucaristia), pois está excomungado".
O bispo convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico e o nomeou como juiz instrutor para tratar a questão e aplicar a "Lei da Igreja". A partir da decisão da excomunhão, o juiz instrutor iniciará os procedimentos para a "demissão do estado clerical".
Ainda segundo o comunicado, o bispo tenta há muito tempo o diálogo para "superar e resolver de modo fraterno e cristão esta situação". Segundo a diocese, todas as iniciativas foram esgotadas. O juiz instrutor teria tentando mais uma vez o diálogo com o padre, mas Beto reagiu agressivamente e recusou a conversa, afirma a diocese.
Ainda segundo o comunicado, o padre "feriu a Igreja" ao fazer as declarações e ao negar "obediência ao seu pastor", o que resulta "no gravíssimo delito de heresia e cisma cuja pena prescrita no cânone 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico é a excomunhão anexa a estes delitos".
A assessoria de imprensa da diocese informou que após a decisão nenhum pronunciamento será feito pelo bispo ou padres da diocese. O silêncio é uma determinação do juiz instrutor do processo.
Ao lado de uma advogada, Padre Beto procurou um cartório para registrar seu pedido de afastamento logo após ser informado sobre a excomunhão.
"Ainda bem que não tem fogueira", disse ao comentar de forma irônica a decisão do bispo. Padre Beto afirmou ainda que a decisão não vai mudar nada em sua vida, pois já havia decidido pelo afastamento da Igreja.
Veja a íntegra do comunicado da Diocese de Bauru:
É de conhecimento público os pronunciamentos e atitudes do Reverendo Pe. Roberto Francisco Daniel que, em nome da "liberdade de expressão" traiu o compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal. Estes atos provocaram forte escândalo e feriram a comunhão eclesial. Sua atitude é incompatível com as obrigações do estado sacerdotal que ele deveria amar, pois foi ele quem solicitou da Igreja a Graça da Ordenação. O Bispo Diocesano com a paciência e caridade de pastor, vem tentando há muito tempo diálogo para superar e resolver de modo fraterno e cristão esta situação. Esgotadas todas as iniciativas e tendo em vista o bem do Povo de Deus, o Bispo Diocesano convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico, nomeando-o como juiz instrutor para tratar essa questão e aplicar a "Lei da Igreja", visto que o Pe. Roberto Francisco Daniel recusa qualquer diálogo e colaboração. Mesmo assim, o juiz tentou uma última vez um diálogo com o referido padre que reagiu agressivamente, na Cúria Diocesana, na qual ele recusou qualquer diálogo. Esta tentativa ocorreu na presença de cinco membros do Conselho dos Presbíteros.
O referido padre feriu a Igreja com suas declarações consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica, contra a moral e pela deliberada recusa de obediência ao seu pastor (obediência esta que prometera no dia de sua ordenação sacerdotal), incorrendo, portanto, no gravíssimo delito de heresia e cisma cuja pena prescrita no cânone 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico é a excomunhão anexa a estes delitos. Nesta grave pena o referido sacerdote incorreu de livre vontade como consequência de seus atos.
A Igreja de Bauru se demonstrou Mãe Paciente quando, por diversas vezes, o chamou fraternalmente ao diálogo para a superação dessa situação por ele criada. Nenhum católico e muito menos um sacerdote pode-se valer do "direito de liberdade de expressão" para atacar a Fé, na qual foi batizado.
Uma das obrigações do Bispo Diocesano é defender a Fé, a Doutrina e a Disciplina da Igreja e, por isso, comunicamos que o padre Roberto Francisco Daniel não pode mais celebrar nenhum ato de culto divino (sacramentos e sacramentais, nem mais receber a Santíssima Eucaristia), pois está excomungado. A partir dessa decisão, o Juiz Instrutor iniciará os procedimentos para a "demissão do estado clerical, que será enviado no final para Roma, de onde deverá vir o Decreto".
Com esta declaração, a Diocese de Bauru entende colocar "um ponto final" nessa dolorosa história.
Rezemos para que o nosso Padroeiro Divino Espírito Santo, "que nos conduz", ilumine o Pe. Roberto Francisco Daniel para que tenha a coragem da humildade em reconhecer que não é o dono da verdade e se reconcilie com a Igreja, que é "Mãe e Mestra".
Bauru, 29 de abril de 2013.
Por especial mandado do Bispo Diocesano, assinam os representantes do Conselho Presbiteral Diocesano.

FONTE: CRISTINA CAMARGO
EM BAURU