Nova fase de operação contra fraude no leite cumpre mandados no RS. O Ministério Público investiga fraude no leite em municípios da Região Norte.
Empresa Transportes Odair Ltda. e recebidos pela Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas (COOPASUL)
Foto divulgação Internet
O Ministério Público faz, nesta quarta-feira (13), uma nova ação para combater fraudes no
processo de produção do leite no Rio Grande do Sul, como adição de produtos que não fazem
parte da sua composição. Até as 10h, seis pessoas haviam sido presas.
Esta é a oitava etapa da Operação Leite Compensado. São cumpridos seis mandados de
prisão preventiva, três de prisão cautelar e oito de busca e apreensão nos municípios de
Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos, na Região Norte.
Investigações verificaram alteração na densidade do leite, por adição de produtos
como sal, açúcar ou amido de milho, acidez elevada, que indica a deterioração por micro-
organismos e adição de soro de leite. Segundo o MP, houve fraude nos produtos crus
refrigerados entregues pela empresa Transportes Odair Ltda. e recebidos pela
Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul (Coopasul).
Os investigados são um casal proprietário da Transportadora Odair Ltda., três motoristas da
empresa, um responsável pelo laboratório da Coopasul, além do presidente da cooperativa,
que, conforme o Ministério Público, recebia as cargas de leite adulterado e dava a destinação
final, a partir da diluição do leite velho com o bom.
O presidente da cooperativa negou a existência de fraude e adulteração. Já o dono da
transportadora, Odair Melati, preferiu não se manifestar sobre a operação.
A Operação Leite Compensado teve sua primeira fase desencadeada em 8 de maio de 2013, quando investigações apontaram para um esquema que adulterou cerca de 100 milhões de litros do produto no estado. Na ocasião, o MP revelou que transportadores estavam adicionando água e ureia (que contém formol) ao leite cru para aumentar o volume e disfarçar a perda nutricional no caminho entre a propriedade rural e a indústria. O esquema era realizado em postos de resfriamento.
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Ainda segundo o MP, as investigações mostram que o transportador lançou na conta de uma produtora rural até o triplo do leite coletado, o que disfarçaria o aumento no volume do leite a partir da adição de água. Foi indicado, inclusive, um escritório de contabilidade para "ajeitar" o imposto de renda da produtora.
investigações duraram seis meses e apontam que uma cooperativa paranaense comprava o produto já fraudado no estado gaúcho.A Justiça autorizou a apreensão de 24 caminhões utilizados para transportar o leite adulterado. O produto era revendido, além do Paraná, para São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Martini/MP) Segundo o MP, água era adicionada ao leite .
Fonte: RBS/G1
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